Postado em 06 de Setembro de 2017 às 16h57

Cuidado com a Leishmaniose Canina

Espaço Animal (14)

Dive/SC participa de investigação de caso confirmado de leishmaniose visceral canina em Chapecó.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC) informa que uma equipe da Gerência de Zoonoses está apoiando a Secretaria Municipal de Saúde de Chapecó na investigação de um caso confirmado de leishmaniose visceral canina (LVC) ocorrido na cidade.

O cão apresentava sinais e sintomas clínicos típicos da doença (emagrecimento, lesões de pele, unhas grandes, anemia e alterações hepáticas), e já se encontrava em estado de sofrimento. O caso foi notificado à vigilância epidemiológica de Chapecó por uma clínica veterinária local no dia 22 de agosto. O diagnóstico de LVC foi confirmado por exame laboratorial realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) no dia 25 de agosto. O animal, que estava em estágio avançado da doença, foi eutanasiado na unidade de medicina veterinária da Unochapecó na última quarta-feira (30/08), com a anuência do tutor e respeitando as normas do bem-estar animal, atendendo a legislação sanitária vigente (Portaria GM/MS n 1.138, de 23 de maio de 2014) e a Resolução n 1.000, de 11 de maio de 2012, do Conselho Federal de Medicina Veterinária.

Considerando que a região não é reconhecida até o momento como área de transmissão da leishmaniose visceral canina, uma investigação está sendo conduzida de forma a avaliar fatores de risco para transmissão da doença, bem como identificar o local provável de infecção. As equipes estão realizando a busca ativa de cães sintomáticos na região de entorno do caso, coletando amostras de sangue de animais com suspeita da doença, conforme protocolo do Ministério da Saúde, e realizando entrevistas com os tutores dos animais. Durante esta semana, também está sendo realizada uma pesquisa vetorial para verificar se há a presença do mosquito-palha, inseto transmissor da parasita Leishmania chagasi, que provoca a doença.

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É importante destacar que, atualmente, o risco de transmissão de leishmaniose visceral humana em Santa Catarina está localizado somente no município de Florianópolis, pois é o único com registro de transmissão ativa de leishmaniose visceral canina e que teve o primeiro caso autóctone de leishmaniose visceral humana do estado confirmado no dia 16 de agosto. “Nos demais municípios do estado, a orientação é manter o monitoramento dos cães para identificar possíveis sintomáticos da doença, tendo em vista que os casos nos animais costumam preceder os casos em humanos, funcionando como um evento sentinela”, explica o médico infectologista Fábio Gaudenzi, superintendente em Vigilância em Saúde da SES/SC.

Até maio deste ano, Florianópolis havia identificado 17 cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral, sendo cinco eutanasiados, conforme informações do Centro de Controle de Zoonoses municipal. Em 2016, 56 apresentaram diagnóstico positivo, dos quais 47 foram eutanasiados ou morreram. Em 2015, 74 cães foram reagentes, dos quais 38 foram eutanasiados ou morreram.

Nas demais cidades, Santa Catarina totalizou seis casos positivos para leishmaniose visceral canina, todos com transmissão fora do estado (importados). Desses, três foram eutanasiados. Em 2015, foram três confirmações (importados) e nenhuma eutanásia. O caso relatado em Chapecó está em investigação para identificar onde ocorreu a transmissão.

Sobre a doença

A leishmaniose é uma doença infecciosa grave, com alta taxa de letalidade, causada pelo parasita Leishmania chagasi. A transmissão do parasita ocorre por um flebótomo, pequeno inseto conhecido como ‘mosquito-palha’, que tenha se alimentado do sangue de um animal hospedeiro (reservatório): cão, em área urbana, e animais silvestres (gambás e raposas, por exemplo), em áreas de mata. O cão, por ser um animal doméstico e estando intimamente próximo ao ser humano, representa um risco à saúde pública quando doente.

Nos cães, a doença costuma se apresentar com emagrecimento; queda dos pelos; apatia; descamação ao redor dos olhos, focinho e ponta das orelhas; crescimento exagerado das unhas; conjuntivite ou outros distúrbios oculares; aumento de volume na região abdominal; diarreia, hemorragia intestinal e inanição. Um médico veterinário deverá ser acionado para o devido diagnóstico.

 

*Fonte: Dive/SC

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