Postado em 09 de Junho de 2017 às 16h38

2016 bateu recordes de temperatura global

Resp. Ambiental (35)

Estudos apenas confirmaram aquilo que todos nós sentimos na pele: 2016 foi o ano mais quente globalmente já registrado na história.

No fim de março, a Organização das Nações Unidas – ONU confirmou que 2016 bateu todos os recordes de temperatura já registrados pela pesquisa em anos anteriores. Este é o terceiro ano consecutivo que o recorde é quebrado e, de acordo com os cientistas, a tendência é que 2017 siga os mesmos passos, registrando uma nova marca inédita.

Os pesquisadores explicam que o planeta está passando por um período com tendências de aquecimento a longo prazo, e que 2016 registrou o ápice dessa análise – que é feita desde 1880. Vale destacar que a maior parte do aquecimento global ocorreu nos últimos 35 anos, com 16 dos 17 anos mais quentes sendo registrados de 2001 para cá.

Para explicar os números os cientistas apontam o aumento do nível dos oceanos e temperatura da água, diminuição da camada de gelo global, além de eventos climáticos que provocaram grandes impactos na temperatura, como o caso do fenômeno El Niño, por exemplo. Os problemas com a baixa camada de gelo no Polo Norte e na Antártida foram também lembrados por seus recordes negativos.

De acordo com o Ph.D na área de Ciências Exatas e Ambientais, Ronei Baldissera, uma quantidade excessiva de energia, atualmente, é direcionada para apenas uma espécie no planeta, o Homo sapiens. O especialista explica que, através da liberação da energia anteriormente estocada nos combustíveis fósseis, a humanidade aumentou substancialmente a energia disponível para impulsionar o ecossistema global. “Os subprodutos da alteração no orçamento global de energia são grandes modificações na atmosfera e nos oceanos. E o entendimento ecológico de que a biodiversidade responde aos fatores ambientais indica que poderá haver mudanças na distribuição e na ocorrência de espécies nos diferentes ecossistemas”, afirma.

Segundo os especialistas da ONU, o clima mundial entrou em “território desconhecido”, uma vez que os
modelos de análise desenvolvidos nas últimas décadas para examinar o comportamento da atmosfera não compreendem a extremidade dos últimos eventos enfrentados pelo planeta. “Quando o ambiente muda, espécies que possuem adaptações desenvolvidas durante milhões de anos a determinadas faixas ambientais podem estar mais suscetíveis à diminuição de seus indivíduos e, se a diminuição for drástica, a desaparecer dos ecossistemas”, alerta Baldissera.

Veja também

Esgotamos os recursos naturais disponíveis para 201703/08/17O dia em que o Mundo atinge o limite do uso sustentável de recursos naturais para o ano chega cada vez mais cedo. A cada ano, os seres humanos esgotam mais cedo os recursos naturais do planeta. É como um orçamento ambiental, quando a demanda anual da humanidade por recursos excede o que o planeta Terra é capaz de regenerar naquele ano. Em 2017, o Dia da Sobrecarga da Terra, tradução de Earth Overshoot Day, foi nesta quarta-feira (2), a data mais precoce desde que estouramos nosso......
Do lixo ao luxo22/12/17O processo de reciclagem dos metais nobres envolve alta tecnologia, fazendo com que muitas empresas brasileiras esbarrem na falta de técnica. Por Samara Grando Metais nobres são todos os metais resistentes à corrosão e à oxidação, átomos que apresentam dificuldade de reagir quimicamente com outros elementos. São considerados metais nobres......
Saneamento Básico26/06/20 Senado Federal aprova PL que atualiza o marco regulatório do saneamento básico Doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado foram responsáveis por foram 346,5 mil internações hospitalares em 2016,......

Voltar para NOTÍCIAS